quinta-feira, abril 13

Metro em baixa

Desde muito cedo considerei o Metropolitano de Lisboa como uma empresa que deveria servir de exemplo para as outras empresas de transportes públicos da área de Lisboa. Tinha um serviço de qualidade, mantinha os seus utentes sempre informados de enventuais problemas, inclusive tinha por hábito estender o seu horário de funcionamento semrpe que algum evento nocturno na cidade assim o justificasse.

Pois bem, não só as outras empresas sempre tentaram fazer orelhas moucas a este tipo de qualidade de serviço como desde há coisa de 3-4 anos que o próprio Metro tem vindo a degradar de forma considerável o serviço prestado.

Com o alargamento da linha para fora de Lisboa a periodicidade dos comboios é bem menor do que há 2 anos atrás, o que implica que as carruagens não chegam para a procura nas horas de ponta. Não é raro ver pessoas amontoadas nas escadas de acesso à gare porque já nem na gare cabem por exemplo!

Outra "melhoria" foi a introdução do sistema de controle de acessos. Um mal necessário, sou forçado a reconhecer. Mas não era necessário um mal tão grande. Porque raio o cliente é obrigado a comprovar que tem bilhete válido para sair do Metro? Se está do lado de dentro é porque já se validou à entrada. E se não validou é porque o sistema está mal pensado, os passageiros cumpridores não têm a culpa. Não me parece nada simpático uma pessoa ter de ficar na fila para passar o cartãozinho à saída quando o sistema só consegue deixar passar 1 pessoa a cada 4-5 segundos. Com 3-4 cancelas por saída e 100 pessoas por comboio - e estou a ser simpático - é só fazer as contas. Quanto a mim as saídas deveriam ser somente canais de passagem, onde um sensor detectava movimento e abria a cancela. Como acontece aliás em grande parte das cidades europeias.

Outra grande "maravilha" destes últimos tempos são as televisões nas estações. Fiquei muito feliz quando há uns anos o Metro decidiu colocar música ambiente nas gares. Tão feliz quanto agora estou horrorizado com a versão TV. É que não só a música ambiente foi abandonada como em sua substituição somos agora inundados com publicidade e sonoridades agressivas a todo o momento. O que anteriormente se poderia considerar uma forma de aliviar o stress, agora só potencia dores de cabeça.

Mas ainda há mais um problema que se tem vindo a agravar nos últimos meses. Os pomposamente chamados "problemas técnicos", que na prática servem para descrever tudo e mais alguma coisa que tenha como efeito o atraso ou paragem do serviço prestado. E estes acontecem actualmente a um ritmo quase diário.

E já agora aponto ainda uma questão um pouco mais discutivel. Quanto a mim, o sistema do Metro ainda não pode sequer ser considerado como uma rede de transportes. A disposição das actuais 3 linhas, obriga o cliente a viajar por vezes quilómetros e a dar a volta completa à cidade para percorrer uma distância muito pequena. Era quanto a mim mais prioritária a abertura das novas estações da linha vermelha, que vão cruzar as outras duas linhas, do que os prolongamentos que foram efectuados para fora da cidade, para locais onde já existiam outros transportes - que acabaram por desaparecer - ou para zonas quase desabitadas.

Por tudo isto eu pergunto? Como pôde o Metropolitano de Lisboa descer tão baixo em tão pouco tempo? É urgente a tomada de medidas para melhorar o serviço prestado.

sexta-feira, abril 7

(Very) Fast-food

Abriu em Lisboa(*) um novo restaurante onde o conceito de fast-food é levado ao extremo. Pica-se um cartão à entrada e novamente à saída. O preço da refeição não depende do que se escolhe ou come mas sim do tempo que se gasta a comer.
- €7 pelos primeiros 20 minutos
- €1 por cada 5 minutos adicionais

(*) querem saber como se chama e onde fica? Investiguem, que a mim não me pagam para fazer publicidade.