Nem toda a gente é coerente no que diz. Porque desconhece do que fala, porque não quer dizer o que sabe ou pura e simplesmente porque tem prazer em enganar os outros. Mas felizmente nem todos são assim. Ainda há por aí muita gente íntegra e que por vezes se dedica a ajudar o próximo. Que se com isso cair algum dinheiro para si melhor mas que se não cair e mesmo assim der para viver tá-se bem.
O que eu não me conformo é com o facto de apenas irem parar pessoas do primeiro tipo à classe política nacional.
Desde que tive idade suficiente para me aperceber da minha existência e do que se passa à volta que noto que o ciclo de entrada de um novo governo é sempre o mesmo. Deixo aqui um pequeno manual para os mais distraídos:
1. Dizer que o governo em funções é mau e ilustrar com exemplos
2. Prometer mundos e fundos e dizer que desta vez é que é e tal
3. Ganhas as eleições, reunir peritos para avaliar o estado real do país
4. Resultado da avalição: afinal a situação ainda está muito pior do que inicialmente se julgava
5. Colocar a cara triste número 35 e admitir que não vamos poder cumprir as promessas porque o anterior governo andou a esconder os valores da real situação do país.
6. a) Aumentar impostos, b) criar novos impostos, c) congelar salários, d) retirar regalias (escolher uma ou várias opções, conforme queira comprar um BMW para si ou 2 Mercedes para a família)
Os pontos 5 e 6 deverão preferencialmente ser apresentados poucas horas depois de uma grande vitória do Benfica, para apanhar perto de 60% da população em euforia e causar o menor impacto possível.
Pronto, já estou preparado! Qual é o primeiro partido que se chega à frente para me contratar?
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